X Congresso Brasileiro de Cuidados Paliativos

Dados do Trabalho


Título

CONSTRUINDO PONTES: MODELO DE TRANSIÇAO DA CLINICA PEDIATRICA PARA ADULTOS EM CUIDADOS PALIATIVOS

Introdução

Apesar das premissas base de prevenção e alívio de sofrimentos em suas mais diversas esferas, os cuidados paliativos pediátricos e de adultos apresentam configurações diferentes no campo epidemiológico e sintomatológico.
No que tange a epidemiologia, os cuidados paliativos de adultos compõem-se pacientes com câncer (28,2%), HIV (22,2%), doenças cerebrovasculares (14,1%) e demência (12,2%). Essas condições apresentam uma gama de sintomas, dentre os quais dor (20,5%), fadiga (20,5%), fraqueza (18,1%), humor deprimido (9,6%), ansiedade e preocupação (8,2%) e dispneia (6,6%).
Em cuidados paliativo pediátricos, as condições mais frequentemente assistidas são HIV (29,6%), prematuridade (17,7%), anomalias congênitas (16,2%), causas externas (16%), doenças do sistema nervoso central (5,6%) e câncer (4,1%). Com relação aos sintomas mais prevalentes, destacam-se dor (34%), ansiedade e preocupação (22%), humor deprimido (13,9%), fraqueza (8,3%) e fadiga (8,1%).

Objetivo e Método

Apresentar um modelo de ambulatório de transição no contexto dos cuidados paliativos.
Os dados clínicos foram obtidos através de prontuário eletrônico e a partir deles foi realizado estudo epidemiológico das condições clínicas mais frequentes em seguimento, bem como da faixa etária dos pacientes em seguimento.

Resultados

Foi estabelecido a partir das análises de prontuários que o número de transferências para o serviço de Cuidados Paliativos de Adultos nos próximos 02 anos tende a dobrar (46 transferências esperadas até 2026).
Uma vez elencado o perfil epidemiológico dos pacientes elegíveis à transição, definidos os documentos de transição (ficha clínica e TRAQ) e constituída a equipe de assistência no contexto pediátrico e de adultos, foi construído o fluxo de encaminhamento que consistiu em: Primeira consulta em ambiente pediátrico, quando será apresentada a equipe de transição; Segunda consulta em ambiente pediátrico, quando iniciado o processo de transição; na Terceira consulta o paciente e sua família serão apresentados à equipe assistencial dos cuidados paliativos de adulto e a consulta ocorrerá simultaneamente pelos profissionais de cada serviço no ambiente pediátrico; Reunião entre equipes; Primeira consulta em ambulatório de adultos com equipe da Pediatria.

Conclusão/Considerações finais

O processo de transição em Cuidados Paliativos é urgente uma vez que as assistências pediátrica e de adultos diferem substancialmente e o comprometimento desse processo pode acarretar não aderência ao tratamento e absenteísmo, levando a aumento da morbi-mortalidade.

Palavras Chave

Cuidados Paliativos; Transição; Cuidados Paliativos de Transição

Área

Modalidades de atendimento

Autores

GUSTAVO MARQUEZANI SPOLADOR, RITA TIZIANA VERARDO POLASTRINI, FERNANDA BASTOS, ELAINE FREITAS, ANDREA GISLENE DO NASCIMENTO, SILVIA MARIA DE MACEDO BARBOSA