Dados do Trabalho

Título

EDUCAÇAO PARA A MORTE NO ENSINO SUPERIOR EM SAUDE

Introdução

A morte faz parte da vida cotidiana de todo ser vivo, independentemente de termos consciência disso ou não. A formação acadêmica em nível superior em áreas da saúde propõe-se a preparar profissionais para restabelecer a saúde do paciente, focando na preservação da vida, muitas vezes, sem favorecer a instrumentalização para lidar com a experiência humana da morte, desencadeando sentimento de frustração, ansiedade e impotência nesses profissionais.

Objetivo e Método

A presente pesquisa teve por objetivo desenvolver um projeto de intervenção pedagógica de educação para a morte junto a acadêmicos da área da saúde, voltado para o cuidado humanizado em situações de morte. É uma pesquisa-intervenção, de abordagem qualitativa, do tipo exploratória, que teve como cenário uma instituição pública de ensino superior localizada em Teresina-PI, realizada com 23 estudantes dos cursos de Psicologia, Enfermagem, Fisioterapia e Medicina. Os instrumentos de coleta utilizados foram entrevistas semiestruturadas e diários de campo das atividades. Os dados foram analisados à luz da análise de conteúdo, de Bardin. O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de ética e pesquisa, e realizado com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES).

Resultados

Foram realizado 11 encontros, de forma remota e com o uso de metodologias ativas. A análise das entrevistas iniciais resultou nas categorias: significados da morte; e a morte na graduação. A intervenção foi analisada a partir dos registros dos diários de campo. A análise das entrevistas finais foi organizada em duas categorias: o profissional de saúde diante da morte; e a avaliação do projeto de educação para a morte.
Os resultados indicam que o significado da morte depende de vários aspectos, como idade, cultura, crenças, contexto social, perspectivas espirituais e religiosas. Na realidade estudada, os discentes se sentem desamparados e despreparados para lidar com a morte em ambiente profissional, sendo possível constatar a necessidade da inclusão da educação para a morte no currículo dos cursos da saúde, de modo a promover discussões, vivências e formação teórico-prática, bem como o desenvolvimento de habilidades pessoais e sociais, como a empatia.

Conclusão/Considerações finais

A intervenção mostrou-se enriquecedora ao habilitar os acadêmicos para futuras vivências profissionais. Além do mais, os participantes demonstraram o desejo da ampliação da proposta, a fim de atender a toda a comunidade acadêmica da área da saúde.

Palavras Chave

Educação para a morte; Ensino Superior; Profissionais De Saúde