Dados do Trabalho

Título

CONHECER PARA CUIDAR: PERFIL DE PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITARIO PARAIBANO

Introdução

Introdução: cuidados paliativos representam uma abordagem multidisciplinar voltada para a qualidade de vida de pacientes e seus familiares que enfrentam doenças ameaçadoras à vida. No cenário dos hospitais universitários, onde a prática assistencial se alinha com a formação acadêmica e a pesquisa científica, conhecer o perfil destes pacientes se torna essencial para a adequação e eficácia dos serviços prestados, à otimização dos recursos e, principalmente, à formação e prática humanizadora e compassiva dos profissionais de saúde.

Objetivo e Método

Objetivo: analisar o perfil dos pacientes acompanhados pela comissão de cuidados paliativos em um hospital universitário paraibano. Metodologia: Utilizou-se a base de dados pertencente à referida comissão, construída por meio de respostas à solicitação de 36 consultorias realizadas no período de janeiro de 2023 a maio de 2024. As variáveis analisadas foram: idade, setor de internação/cuidado; índices de funcionalidade, com aplicação da Karnofsky Performance Status Scale, sintomas apresentados, a partir da Edmonton Symptom Assessment Scale e desfechos prognósticos

Resultados

Resultados: A idade dos pacientes variou de 03 meses a 95 anos; estando a maioria internada nas Unidades de Terapia Intensiva (pediátrica e adulto); com índice médio de funcionalidade de 27,5% e sintomas mais frequentes: fraqueza elevada, baixa qualidade de sono, dispneia, ansiedade e dor, respectivamente; com 67% indo à óbito cerca de 11 dias após a indicação dos cuidados paliativos.

Conclusão/Considerações finais

Discussão: nos cuidados paliativos, a identificação precoce e o manejo eficaz dos sintomas são cruciais para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. A distribuição etária dos pacientes sugere a necessidade de estratégias adaptadas para diferentes faixas etárias, especialmente considerando a presença significativa de pacientes jovens e em cuidados intensivos. O baixo índice de funcionalidade reforça, na instituição, a ideia de cuidados paliativos apenas em fim de vida, enquanto os sintomas apresentados enfatizam áreas multidimensionais prioritárias para a intervenção. Conclusão: Os dados obtidos apontam para melhoria contínua dos cuidados paliativos a serem prestados, sinalizando a necessidade de educação continuada e o desenvolvimento de estratégias e instrumentos assistenciais que visem a otimização do cuidado e o alívio do sofrimento dos pacientes

Palavras Chave

Assistência; cuidado paliativo hospitalar; Educação em Saúde