Dados do Trabalho
Título
URGENCIA SUBJETIVA NA CLINICA DA TERMINALIDADE
Introdução
Introdução: O psicanalista é convocado a atuar na instituição hospitalar quando ocorrem urgências subjetivas, sejam elas provenientes do paciente, de sua família ou mesmo da equipe de saúde. Em um contexto de cuidados paliativos, em que há sempre o medo de não haver tempo restante, o manejo clínico da urgência subjetiva se mostra essencial.
Objetivo e Método
Objetivo: Discutir como a urgência subjetiva, conceito importante da psicanálise aplicada ao hospital, pode ocorrer em situações de terminalidade.
Método: Trata-se de uma pesquisa teórica tendo como base as contribuições dos principais autores que tratam da urgência subjetiva a partir da psicanálise lacaniana.
Resultados
Resultados: Podemos resgatar os seguintes pontos: 1) Dentro de um hospital, há uma constante tensão entre a urgência subjetiva, que é singular, tendo sua própria duração, com a urgência médica, que quer que tudo se resolva rapidamente; 2) A urgência subjetiva não possui um tempo fixo, pode durar minutos, dias ou até mesmo semanas; 3) Em uma situação de terminalidade, o paciente pode se fixar no instante de ver, paralisado frente ao medo da morte, ou ir direto ao momento de concluir, com conclusões precipitadas sobre sua situação; 4) Há uma oscilação temporal interna no paciente entre a espera passiva da morte e a pressa que advém com a sua chegada; 5) A atuação do analista instaura em meio a esse contexto o tempo de compreender, inserindo “uma pausa na pressa”; 6) Com o manejo clínico da urgência subjetiva, pode-se perceber efeitos terapêuticos rápidos no paciente e em sua família.
Conclusão/Considerações finais
Considerações finais: O manejo do tempo subjetivo em meio às urgências hospitalares é um desafio a todo analista que trabalha em instituição hospitalar, mas permite que ali se instaure um campo subjetivo em que o sujeito possa expressar seus medos e angústias frente a morte.
Belaga, G. (2006). La urgencia generalizada: la práctica en el hospital. Grama Ediciones.
Negro, M. (2008). La otra muerte: Psicoanálisis y cuidados paliativos. Letra Viva.
Palavras Chave
Psicanálise; Urgência Subjetiva; Cuidados Paliativos
Área
Outras áreas
Autores
ARTHUR KELLES ANDRADE