Dados do Trabalho

Título

DESAFIOS ETICOS E OPERACIONAIS NA ASSISTENCIA PALIATIVA A PACIENTES EM FINAL DE VIDA NUM HOSPITAL PARTICULAR DE ALTA COMPLEXIDADE EM SAO PAULO

Introdução

Os desafios na assistência qualificada em cuidados paliativos envolve a identificação do paciente com necessidades paliativas além da organização da reunião de paciente/família para definição de plano de cuidados avançados e alocação adequada. Trata-se de atividade complexa, com atuação de uma equipe multiprofissional proativa e sintonizada com aspectos éticos e operacionais disponíveis. O reconhecimento pela gestão, das necessidades diferenciadas de horas dedicadas ao processo de escuta, acolhimento e assistência humanizada são quesitos essenciais à boa prática em cuidados paliativos. Uma ambiência que propicie acolhimento ao sofrimento humano também faz parte deste processo

Objetivo e Método

Objetivo: Avaliar a atuação de um grupo de cuidados paliativos nas áreas de interconsulta e enfermaria composta de 22 leitos direcionados aos cuidados paliativos e ponderar sobre os desafios éticos e operacionais deste processo.

Métodos: Estudo observacional retrospectivo via banco de dados. Variáveis analisadas: patologias prevalentes; clinicas solicitantes; desfecho e frequência de chamados, reuniões de famílias e transferências. Variáveis quantitativas: representadas por média, desvio padrão e variáveis qualitativas por análise de proporção. Utilizou-se o teste student pareado com correlação de Pearson e regressão linear para avaliar diferença entre amostras. O nível de significância estatística foi p<0,05.

Resultados

Dos 1015 pacientes avaliados, 57,6% originaram-se da clinica médica e especialidades;22,2%UTI;7,9%PS e 7,1%oncologia. Das patologias prevalente: Demência(44%);Câncer(31,7%);Fragilidade(13%);Multimorbidades(10,3%); Falências orgânicas(9,5%);AVC(5,5%). No desfecho em ECP ocorreu: 63,3%óbito e 36,7%alta. Na comparação entre amostras não houve diferença significativa(t=4,03 e p=0,99). Na análise de regressão linear entre reunião de família e transferência para enfermaria de cuidados paliativos após consentimento do paciente/família, observou forte correlação positiva com r=0,7

Conclusão/Considerações finais

Na assistência adequada aos pacientes em terminalidade exige-se uma grande mobilização do grupo de cuidados paliativos, tanto na área de interconsulta, quanto na enfermaria de cuidados paliativos. Os desafios éticos e operacionais são muitos e avalia-se o bom desempenho deste processo quando paciente/família compreendem os objetivos dos cuidados e concordam com a transferência para a enfermaria de cuidados paliativos, com o objetivo de promover qualidade e dignidade à pessoa em final de vida.

Palavras Chave

Cuidados Paliativos; ética; humanização