Dados do Trabalho

Título

NEUROPALIATIVISMO: UMA REVISAO INTEGRATIVA SOBRE A ABORDAGEM EM CUIDADOS PALIATIVOS PARA DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS

Introdução

Pacientes neurológicos em fase final de vida apresentam diversos sintomas, como dor, depressão, fadiga, câimbras, distúrbios do sono, urgência urinária, constipação, distúrbios de comunicação, crises convulsivas, alterações comportamentais e cognitivas. Em face dessa complexidade, modelos tradicionais cuja abordagem negligencia os cuidados paliativos, não suprem as necessidades dos pacientes e famílias que lidam com diagnósticos neurológicos ameaçadores à vida¹.

Objetivo e Método

Identificar e descrever os desfechos da abordagem em cuidados paliativos em pacientes com doenças neurológicas. Tratou-se de uma revisão integrativa de literatura realizada nas bases de dados PubMEd, BVS. Foram incluídos artigos com resultados completos disponíveis online entre os anos de 2019 e 2024. Foram excluídos artigos cuja temática não se alinhava aos objetivos do estudo. Os mecanismos de busca foram definidos e baseados em consulta aos Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) e Medical Subject Heading (MeSH). Os termos e os operadores booleanos utilizados foram: (palliative care OR palliative medicine) AND (nervous OR neurological OR neurologic OR neurodegenerative) AND (disease OR disorder).

Resultados

A pesquisa encontrou um total de 71 artigos. Foram excluídas 2 duplicatas e após a leitura de título e resumo 17 artigos foram selecionados para leitura completa. Ao final, os 17 artigos atingiram os critérios de eligibilidade para a revisão.

Conclusão/Considerações finais

Observou-se que inserir a abordagem de cuidados paliativos ainda é um desafio no campo da neurologia devido à alta carga de sintomas, declínio neurológico funcional, altas necessidades de cuidadores, incerteza prognóstica e a necessidade de tomada de decisão complexa ao longo do curso da doença. Além disso, os estudos recentes destacaram que intervenções, como a presença de uma equipe interdisciplinar com experiência em cuidados paliativos (para reconhecer e responder às emoções do paciente usando linguagem verbal e não verbal apropriada, de forma técnica e empática, e para oferecer cuidados espirituais), e a realização de visitas domiciliares são promissores e contribuem para a redução da sobrecarga de sintomas e satisfação do cuidador além de possibilitar um atendimento médico mais assertivo. Portanto, o neurologista tem um imperativo ético de aplicar os princípios da medicina paliativa para esses pacientes e encaminhar para cuidados paliativos especializados quando apropriado².

Referências

1. Silveira MRM da, Forte DN. Palliative care and neurology: a path to neuropalliativism. Arq Neuro-Psiquiatr [Internet]. 2022May;80(5):328–35. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0004-282X-ANP-2022-S119
2.Taylor LP, Besbris JM, Graf WD, Rubin MA, Cruz-Flores S, Epstein LG, et al. Clinical Guidance in Neuropalliative Care: An AAN Position Statement. Neurology [Internet]. 2022 Mar 8;98(10):409–16. Available from: https://n.neurology.org/content/98/10/409
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Palavras Chave

Cuidados Paliativos; Doenças neurodegenerativas; Terminalidade