Dados do Trabalho
Título
SUPORTE DE EQUIPE MULTIPROFISSIONAL E BURNOUT EM CUIDADOS PALIATIVOS :UM ESTUDO QUALITATIVO
Introdução
Os cuidados paliativos (CP) dever ser exercidos por uma equipe interdisciplinar, focando no alívio de demandas físicas, psicológicas, emocionais, sociais, familiares e espirituais. Mas há também a necessidade de cuidar de quem cuida, não esquecendo o burnout, síndrome entendida como exaustão emocional, despersonalização e reduzida realização profissional.
Objetivo e Método
Objetivo: avaliar na assistência dos CP, o tema burnout entre os médicos de uma UTI neonatal de um hospital universitário federal
Metodologia : estudo qualitativo, por entrevista semi-estruturada, com médicos que assistiram à familiares e neonatos em CP.
Resultados
O trabalho mostrou que o conjunto multidisciplinar deve assistir paciente e família como uma unidade de cuidado desde o princípio do adoecimento até depois do óbito, incluindo o luto.
“Aqui, graças a Deus a gente tem o suporte da psicologia, serviço social, então assim, antes mesmo de dar uma notícia pra mãe a gente tenta falar com o pessoal da multi, para eles estarem por perto.”
“E outra coisa, a gente precisa de um apoio maior de toda a equipe, principalmente nessas notícias de óbito, a psicologia, a assistência social, todo mundo que acompanhou a família daquele bebê, e nem sempre a gente tem.”
Segundo a Organização Mundial da Saúde, são poucos os pacientes que de fato recebem CP entre os que necessitam. No país, há uma disponibilidade limitada de serviços de CP(1,2), tornando a carga ocupacional dessas equipes muitas vezes adoecedora.
“A equipe em si tem dificuldade, inclusive de ser mais humana, (...) de aceitar mais essa situação porque a própria rotina do setor não permite.”
Há a necessidade de debate sobre o Burnout, como reação à tensão gerada pelo efeito do cuidado interpessoal contínuo (3). Um dificultador evidente na atuação dos profissionais é a ausência de um local físico específico para compartilhar informações inerentes ao CP.
“As dificuldades eu acredito que sejam encontrar um ambiente propício para dar essa notícia, nem sempre a gente tem um espaço aqui adequado. É muita gente dentro da UTI “.
O papel do médico é apoiar ao paciente e á família, reconhecendo suas necessidades para minimizar o sofrimento. Diante da aflição do médico ele acaba se flexibilizando para acolher a familia(4).
Conclusão/Considerações finais
A garantia da privacidade dos familiares devem estar interligados ao autocuidado do profissional assistente, tornando o cuidado integral horizontalizado e humanizado.
Referências
1. Carvalho RT de, Parsons HA. Manual de Cuidados Paliativos ANCP Ampliado e atualizado. 2012. Porto Alegre: Meridional.; 2012. 592 p.
2. Vattimo EF de Q, Belfiori EBR, Júnior JHZ, Santana VS. Cuidados Paliativos: da clínica a bioética [Internet]. COncília O. Vol. 1, Concília Ortona. São Paulo, SP; 2023. 582 p. Available at: http://link.springer.com/10.1007/978-3-319-59379-1%0Ahttp://dx.doi.org/10.1016/B978-0-12-420070-8.00002-7%0Ahttp://dx.doi.org/10.1016/j.ab.2015.03.024%0Ahttps://doi.org/10.1080/07352689.2018.1441103%0Ahttp://www.chile.bmw-motorrad.cl/sync/showroom/lam/es/
3. Maslach C, Schaufeli WB LM. Job burnout. Annu Rev Psychol. 2001;52:397–422.
4. Sieg SE, Bradshaw WT BST. The Best Interests of Infants and Families During Palliative Care at the End of Life: A Review of the Literature. Adv Neonatal Care. 2019;19(2).
Palavras Chave
burnout; Unidades de Terapia Intensiva Neonatal; COMUNICAÇÃO
Área
Outras áreas
Autores
ANNICK BEAUGRAND, RAYANE RODRIGUES DE SOUZA, STHEPHANNY PATRÍCIA CAVALCANTI DA COSTA, THAÍS DIAS DA SILVA , ACYNELLY DAFNE DE OLIVEIRA DA SILVA NUNES , SIMONE DA NÓBREGA TOMAZ MOREIRA