X Congresso Brasileiro de Cuidados Paliativos

Dados do Trabalho


Título

DIRETIVAS ANTECIPADAS DE VONTADE COMO POSSIBILIDADE DE AUTONOMIA E SUAS REPERCUSSOES NA UNIVERSIDADE

Apresentação do caso

Instituída pelo ministério de saúde (BRASIL, 2024), a política nacional de cuidados paliativos oferta maior qualidade de vida e autonomia dos pacientes. Nesse sentido, nota-se que as preferências indicadas pelo sujeito quando implementadas em seu processo terapêutico garantem a participação no processo de cuidado. Assim, visando a produção de reflexões sobre resgate autônomo e direcionamento profissional para psicoeducação e humanização, o projeto Centro de Orientação Sobre a Morte e O Ser realizou uma oficina artística focal semiestruturada com estudantes universitários para exposição, debates, e confecção de diretivas antecipadas de vontade pelos participantes. Após a execução das atividades, os alunos componentes preencheram o modelo de diretivas e relataram novos repertórios e reflexões quanto à importância e sensibilidade no processo paliativo, garantindo qualidade de vida além da probabilidade de cura, expondo suas questões com o grupo e estendendo o debate aos amigos e familiares, além do segmento inclusivo de tais recortes nos seus direcionamentos de estudo.

Discussão

As Diretivas Antecipadas de Vontade e Testamentos Vitais surgem como recursos éticos e jurídicos essenciais na manutenção da escolha do indivíduo (MOREIRA, 2017). Porém, a negação da morte e a falta de educação em direitos humanos reduz o acesso a tais meios e, consequentemente, gera a submissão do paciente desde o tratamento à possibilidade de finitude. Portanto, faz-se necessário ampliar a noção de existência, utilização e relevância das Diretivas Antecipadas de Vontade em função de promover valores, historicidade e respeito à subjetividade do paciente.

Considerações finais

Logo, como futuros profissionais atuando na promoção de saúde, é de suma importância capacitar-se para oferecer uma escuta clínica sensível e viabilizar a expressão e protagonismo do indivíduo, discutindo direitos de maneira teórica e possibilitando uma atuação prática e, acima de tudo, dentro dos limites bioéticos dos cuidados paliativos .

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete da Ministra. PORTARIA GM/MS Nº 3.681, DE 7 DE MAIO DE 2024. DISPONÍVEL EM Acesso em 08 ago. 2024.

Moreira, M. A. D. M., Costa, S. F. G. da., Cunha, M. L. D. M. da., Zaccara, A. A. L., Negro-Dellacqua, M., & Dutra, F. (2017). Testamento vital na prática médica: compreensão dos profissionais. Revista Bioética, 25(1), 168–178. DISPONÍVEL EM: . Acesso em 15 ago, 2024.

Palavras Chave

Diretivas Antecipadas de vontade; Autonomia no cuidado paliativo; Estudantes universitários

Área

Outras áreas

Instituições

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - Ceará - Brasil

Autores

KADU ALENCAR DE LIMA, LEIDYMEL SILVA ALVES DE LIMA, LETÍCIA AIRES DA SILVA, LUANA PÂMELA VASCONCELOS DE QUEIROZ, LUIZ RICARDO RODRIGUES SANTANA, NAYARA CRISTINA GURGEL DIAS