Dados do Trabalho
Título
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS PACIENTES ACOMPANHADOS POR TELEATENDIMENTO EM CUIDADO PALIATIVO EM ONCOLOGIA
Introdução
Introdução: As teleconsultas em saúde estão sendo cada vez mais utilizadas como modalidade de atendimento em cuidados paliativos, facilitando o acesso à assistência aos pacientes que possuem dificuldades para comparecimento presencial às unidades de saúde por situações clínicas, sociais ou geográficas.
Objetivo e Método
Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico de pacientes com câncer avançado em cuidados paliativos atendidos por teleconsulta. Secundariamente, descrever a funcionalidade e a prevalência dos sinais e sintomas apresentados pelos pacientes durante os atendimentos. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, quantitativo, que incluiu pacientes com câncer, matriculados em uma unidade pública de cuidados paliativos do município do Rio de Janeiro e que tiveram teleconsultas entre janeiro e dezembro de 2023. As variáveis analisadas foram: idade, sexo, diagnóstico (registro do Código Internacional de Doenças 10), município de residência, capacidade funcional (Karnofsky Performance Status-KPS), sinais e sintomas reportados.
Resultados
Resultados: Entre os 68 pacientes atendidos, a maioria tinha 60 anos ou mais (63,8%) e era do sexo feminino (67,2%). As localizações tumorais mais frequentes foram cabeça e pescoço (24,1%), mama (17,2%) e sistema nervoso central (8,6%). A maioria (77,6%) dos pacientes atendidos residia fora do município do Rio de Janeiro, sobretudo Nova Friburgo (6,9%), Araruama (6,9%) e Itaguaí (5,2%). Ao todo, foram realizadas 177 teleconsultas (3,05/paciente). A maioria dos pacientes apresentou KPS menor ou igual a 40% (57,62%), sendo este definido como ponto de corte, uma vez que a baixa funcionalidade dificulta o comparecimento à consulta presencial. Os principais sinais e sintomas apresentados foram: dor (18,1%), fadiga (12,4%) e dispneia (6,2%).
Conclusão/Considerações finais
Conclusão: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes atendidos por teleconsulta auxiliou na identificação de uma população com predomínio de mulheres idosas, o que pode refletir a relação entre câncer e envelhecimento. O fato de a maioria dos pacientes residir fora do município do Rio de Janeiro reforça a necessidade de celeridade do desenvolvimento do teleatendimento para conforto e maior qualidade de vida. Dessa forma, a teleconsulta pode ser considerada uma ferramenta promotora de equidade em cuidados paliativos. Referência Bibliográfica: WORSTER, Brooke; SWARTZ, Kristine. Telemedicine and Palliative Care: an Increasing Role in Supportive Oncology. Current Oncology Reports, 2017.
Palavras Chave
Cuidados Paliativos; Telemedicina; Oncologia
Área
Modalidades de atendimento
Autores
ANNA CAROLINE WAYAND MARTINS, CRISTHIANE DA SILVA PINTO, SIMONE GARRUTH DOS SANTOS MACHADO SAMPAIO, LIVIA COSTA DE OLIVEIRA, RENATA DE FIGUEIREDO DE LAMARE, LETICIA CAROLINA ALMEIDA DA SILVA