Dados do Trabalho
Título
A IMPORTANCIA DE INCLUIR CRIANÇAS NO PROCESSO DE CUIDADOS DE PESSOAS EM FIM DE VIDA: RELATO DE EXPERIENCIA EM UMA CLINICA DE CUIDADOS PALIATIVOS ONCOLOGICOS NA AMAZONIA
Introdução
O modelo assistencial de cuidados paliativo, é voltado para promover qualidade de vida, para todos os envolvidos no processo de doenças ameaçadoras da vida, que envolve o paciente, a família e a equipe, através da observação, avaliação e controle precoce dos sinais e sintomas desagradáveis nos contextos físicos, psicológicos, sociais ou espirituais. No entanto, há dificuldades diante de uma perspectiva familiar em lidar com o fim de vida, principalmente quando um dos membros dessa família é uma criança. Logo, quando essa criança é cerceada do processo, possíveis consequências psicológicas podem repercutir, tanto nela, quanto no paciente. Portanto, é papel do profissional de psicologia, contribuir para mediar a comunicação entre família-equipe-paciente, de forma a oportunizar a criança a participação dos cuidados (por meio de suporte afetivo) e com as elaborações subjetivas e intersubjetivas que proporcionem redução do sofrimento psíquico por meio das ressignificações possíveis nesse processo.
Objetivo e Método
Objetivo: Descrever a atuação de um psicólogo residente diante da inclusão de crianças no processo de cuidados paliativos em oncologia em um hospital referência na Amazônia. Método: Esse estudo tem origem na pratica profissional de um psicólogo residente diante da inclusão de crianças no processo de cuidados de fim de vida em uma clínica de cuidados paliativos em oncologia de um hospital de referência na Amazônia. Caracteriza-se como um estudo qualitativo, de natureza observacional e descritivo, apresentado no formato de relato de experiência.
Resultados
Através do estudo, pode-se identificar que apesar de alguns fatores influenciarem no modo pelo qual a criança vivencia o processo de adoecimento e luto, tais como a idade, desenvolvimento, estabilidade psicológica e emocional e a intensidade de seus laços afetivos, ainda assim as crianças não inibem a expressão do pensamento sobre a morte, pois a consciência sobre ela é ativa e se desenvolve na fantasia. Ressalta-se que a dificuldade em falar sobre a dor e a morte é do adulto, que teme as reações da criança e a exclui do processo de cuidados. A impossibilidade de vivenciar, homenagear, se despedir ou falar com alguém que está em estado crítico de saúde pode trazer prejuízos para o seu desenvolvimento e uma difícil elaboração do luto.
Conclusão/Considerações finais
Dessa forma, percebe-se que é necessária participação da criança ao longo do processo de adoecimento, pois favorece seu enfrentamento, da família e do paciente diante do fim de vida.
Referências
Guimarães, Kátia; Farias, Hila. Contribuições da psicologia nos cuidados paliativos. Cadernos de Psicologia, v. 4, n. 7, 2022.
Neto, Raquel de Sousa; Tarabay, Christina Haas; Lourenço, Maria Teresa Cruz. Reflexões sobre a visita da criança durante a hospitalização de um ente querido na UTI adulto. Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, v. 20, n. 1, p. 5-16, 2017.
Palavras Chave
CRIANÇAS; Fim de vida; Luto
Área
Outras áreas
Autores
YAN WALTER PENA SOUSA, YARA MILENA SILVA FREITAS