Dados do Trabalho
Título
IMPACTO DO TRABALHO NOS GRUPOS COM ACOMPANHANTES DE PACIENTES DO SERVIÇO DE CUIDADOS PALIATIVOS NUM HOSPITAL DA REGIAO METROPOLITANA DO RECIFE
Introdução
A família de um paciente em fase final de vida ou processo ativo de morte requer grande atenção em virtude do caráter crônico e da gravidade de que se reveste a doença. Quanto mais avançada a doença, maior é o nível de dependência do paciente para com família, tornando-se necessário identificar o cuidador principal, mas não perder de vista as dificuldades que serão enfrentadas pelo grupo familiar, isto é, compreender os desgastes físicos e emocionais que essa situação acarreta nos envolvidos (Carvalho, 2008), podendo esta assistência ser através de escuta compassiva num trabalho grupal.
Objetivo e Método
Objetivo: Relatar como o suporte nos grupos com acompanhantes, pode facilitar e potencializar estratégias de suporte e cuidado. Metodologia: trata-se do método de observação direta e sistemática de comportamentos no ambiente do grupo.
Resultados
No presente estudo, os relatos comprovaram a importância e a necessidade do grupo de apoio aos acompanhantes/cuidadores, por favorecer a troca de experiências, a expressão de emoções e sentimentos, o acolhimento e ainda por promover a socialização e valorização da auto-estima (entre os próprios cuidadores/acompanhantes e a equipe) e por colaborar na propagação de informações e orientações. A importância desse grupo se fez notar, principalmente pela oportunidade que os acompanhantes encontravam de falar livremente de suas tensões e dificuldades enfrentadas no cotidiano hospitalar, de compartilhar suas emoções com pessoas que vivenciavam a mesma situação de crise vital e de se sentirem escutados, compreendidos e amparados por profissionais da equipe.
Conclusão/Considerações finais
Com a pesquisa realizada, pudemos observar o processo de tornar-se cuidador, as aflições que atingem esta população, bem como perceber a necessidade de existir um suporte direcionado aos cuidadores do doente. As intervenções em grupo oferecem a possibilidade de um modelo que pode ser adaptado a diversas situações, além de propiciar o atendimento a um número maior de pessoas. O trabalho com o grupo de cuidadores permitiu não só a reflexão pessoal em busca de um melhor posicionamento diante dos problemas do cotidiano, mas também o fortalecimento da sensação de pertencimento, trocando experiências e verbalizando sentimentos que afetavam diretamente a maior parte dos integrantes do grupo.
Referências
Bibliografia:
Carvalho, C. S. U. (2008). A Necessária Atenção à Família do Paciente Oncológico. Revista Brasileira de Cancerologia, 54(1): 97-102; Novak, B., Kolcaba, K., Steiner, R. & Dowd, T. (2001). Mesuring comfort in caregiver and patients during late end-of-life care. Am J Hosp Palliat Care, 18(3), 170-180; Franco, T. B. & Magalhães, Jr. (2003). Atenção Secundária e a Organização das Linhas de Cuidado. In E. E. Merhy.
O Trabalho em Saúde: olhando e experienciando o SUS no cotidiano. São Paulo: HUCITEC;
Palavras Chave
Cuidadores; Acompanhantes; Cuidados Paliativos
Área
Modalidades de atendimento
Autores
ANINE SURUI SANTANA DA SILVA, HELVA KISA MATIAS BATISTA, AIALA FREDERICK DE SOUZA , ALESSANDRA VANESSA XAVIER DE MACEDO MADUREIRA, MARIANA CAVALCANTI COELHO SODRÉ