Dados do Trabalho
Título
ATUAÇAO DO FARMACEUTICO NO MANEJO DE DOR E CONTROLE DE REAÇOES ADVERSAS ASSOCIADAS AO USO DE OPIOIDES EM AMBULATORIO DE CUIDADOS PALIATIVOS
Introdução
Introdução: Os cuidados paliativos são definidos pela Organização Mundial de Saúde como uma abordagem que visa a melhoria da qualidade de vida do paciente diante de uma doença que ameaça a vida. O câncer é uma das principais patologias onde necessitamos desse cuidado. Dentre os diversos sintomas apresentados pelo paciente oncológico a dor é o sintoma mais temido, impactando diretamente na qualidade de vida. A dor é definida como “uma experiência sensitiva e emocional desagradável, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial”. Estima-se que até 90% dos pacientes oncológicos em cuidados paliativos irão apresentar período de dor em sua trajetória. Quanto maior a dor, maior a necessidade de uso de analgésicos opioides. O farmacêutico atua realizando a conciliação medicamentosa, desprescrição, ajuste posológico e manejo de reação adversa ao uso de opioides.
Objetivo e Método
. Objetivo: O objetivo deste trabalho é evidenciar a atuação do farmacêutico no manejo de dor no ambulatório de cuidados paliativos de pacientes oncológicos em um centro de quimioterapia ambulatorial, manejando reações adversas apresentadas com o uso de opioides. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo observacional, baseado na análise de planilhas elaboradas, sendo os dados registrados em excel, retirados a partir do prontuário de pacientes. Foram avaliados os pacientes oncológicos que receberam acompanhamento farmacêutico no ambulatório de cuidados paliativos na cidade de Campinas-SP e apresentaram queixa de dor, sendo aplicada a escala numérica de dor a cada novo atendimento.
Resultados
Resultado: Foram levantados dados de janeiro/2023 até julho/2024, totalizando 87 atendimentos referentes a controle de dor. Destes 30 pacientes apresentaram constipação, 8 apresentaram náusea e 13 apresentaram queixa de sonolência. Após atuação do farmacêutico com sugestão de alteração de dose, mudança no horário de administração, manejo com uso de agentes laxativos e anti eméticos todas as queixas foram sanadas, sem descontinuação de tratamento. Dos 87 pacientes atendidos, 33 apresentaram controle parcial da dor e 51 tiveram sua queixa de dor totalmente controlada. A média de dor dos pacientes no início da aplicação da escala numérica foi 7, após manejo de dor a média foi para 3.
Conclusão/Considerações finais
Conclusão: Conclui-se que o farmacêutico possui conhecimentos técnicos para contribuir no manejo de dor de pacientes em cuidados paliativos oncológicos, auxiliando na melhoria da qualidade de vida e adesão ao tratamento.
Referências
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Palavras Chave
Dor; Cuidado Paliativo; Oncologia
Área
Controle de sintomas e qualidade de vida
Autores
NATHALIA CAROLLINE SCARPARO, BARBARA DE CAMPOS ALVES