Dados do Trabalho
Título
DOR DE DIFICIL CONTROLE: USO DE BOMBA ELASTOMERICA COMO ALIADA NO ALIVIO DE SINTOMAS
Apresentação do caso
Paciente de 36 anos, sexo masculino, branco, classificado na Paliative Performance Scale (PPS) com 80%, acompanhado na modalidade ambulatorial por uma equipe de cuidados paliativos, diagnosticado com adenocarcinoma gástrico com células em anel de sinete, em 2023, recebeu alta do tratamento oncológico, pois estava em remissão da doença. Em 2024, com aparecimento de nódulos hepáticos e linfonodomegalia no retroperitônio, sem possibilidade cirúrgica no momento, iniciou protocolo quimioterápico, porém com falha terapêutica, sem outras possibilidades de tratamento modificador da doença. Evoluiu com dor abdominal intensa e constipação, classificada na escala numérica em 10 (sendo o maior nível de dor), com queda de PPS para 50%, sem controle álgico satisfatório com analgésico via oral. Encaminhado para internação hospitalar, medicado conforme o protocolo de dor da equipe, com melhora importante dos sintomas. Paciente solicita alta hospitalar para permanecer em casa com a esposa e filhos, iniciado a rotação de opióides, para a desospitalização, porém devido a dificuldade de manutenção da analgesia com medicações via oral e transdérmica, optado pelo uso de bomba elastomérica com 40 ampolas de morfina 10mg/ml, diluída com 230ml de soro fisiológico 0,9%, conectada ao cateter port-A-cath, para uso por quatro dias
Discussão
As dores de origem oncológica, acometem cerca de 60 a 80% dos pacientes com diagnóstico de câncer, e podem aparecer em qualquer fase da doença, estando mais prevalente nos estágios avançados. Pode também afetar as atividades funcionais dos indivíduos, sendo considerada como a principal causa de piora da qualidade de vida no curso do adoecimento. Diante disso, a dor deve ser avaliada de acordo com as particularidades clínicas de cada paciente. Nesse aspecto, os cuidados paliativos devem ser direcionados para a melhora da qualidade de vida do paciente.
Considerações finais
O uso da bomba elastomérica para a finalidade de controle álgico, ainda é pouco difundido no Brasil, embora o uso do dispositivo tenha demonstrado um resultado satisfatório, ainda são necessários estudos mais robustos para a comprovação de sua eficácia e segurança. Trata-se de um procedimento pouco invasivo, baixo custo quando considerado à uma internação hospitalar e com grande potencial para auxiliar na desospitalização de pacientes em cuidados paliativos com a manutenção do controle de sintomas.
Palavras Chave
Dor do Câncer; Sinais e sintomas; Cuidados Paliativos
Área
Controle de sintomas e qualidade de vida
Instituições
UNIMED PARANAVAÍ - Paraná - Brasil
Autores
DAISY OLIVEIRA POLLON JUNQUEIRA BORDIN, LAURA RAZENTE GRESPAN, DAYSA DA SILVA PALMEIRA, MAIKEL LUIS ROJAS DA SILVA, DIANA CAROLINA SALCEDO GARAY, DANILO DE SANTI TESSAROLLO