Dados do Trabalho

Título

EVOLUÇAO ATIPICA DE TUMOR PULMONAR DE PEQUENAS CELULAS PULMONAR EM PACIENTE IDOSO TRATADO COM QUIMIOTERAPIA, RADIOTERAPIA E IMUNOTERAPIA: RELATO DE EXPERIENCIA

Apresentação do caso

Paciente do sexo masculino, 68 anos, com histórico de tabagismo, foi diagnosticado com carcinoma de pequenas células, doença extensa, em 15 de fevereiro de 2021. Não apresentava comorbidades significativas ou alergias. O tratamento inicial consistiu em quimioterapia com carboplatina, etoposídeo e atezolizumabe, administrados em quatro ciclos, seguido de radioterapia de consolidação realizada de 5 de junho a 12 de julho de 2021, e radioterapia profilática do Sistema Nervoso Central entre 27 de setembro e 8 de novembro de 2021. Desde 26 de junho de 2021, o paciente está em regime de manutenção com atezolizumabe, tendo completado 55 ciclos até o presente momento, com a doença permanecendo estável e sem sinais de toxicidade significativos. O acompanhamento clínico permanece rigoroso e indeterminado.

Discussão

A avaliação inicial por Tomografia por Emissão de Pósitrons-PET-TC revelou uma massa pulmonar à direita com dimensões de 15,9x15,7x14,6 mm, hipermetabólica (SUV 17.6), obstruindo o brônquio lobar correspondente e invadindo estruturas adjacentes. Nódulos pulmonares hipermetabólicos e opacidades inflamatórias foram observados. Exames subsequentes, realizados ao longo de aproximadamente três anos, mostraram redução volumétrica e do hipermetabolismo da massa pulmonar (SUV reduzido de 17.6 para 2.4), sem novas lesões hipermetabólicas significativas. Nódulos e lesões anteriormente detectados mantiveram-se estáveis. A análise por RNM de crânio indicou sinais de redução volumétrica sem anomalias de captação, e o paciente não apresentou evidências de metástases cerebrais.

Considerações finais

Este caso destaca a evolução atípica de um carcinoma de pequenas células de pulmão em um paciente idoso, com controle efetivo da doença utilizando uma combinação de quimioterapia, radioterapia e imunoterapia prolongada. A manutenção com atezolizumabe mostrou-se eficaz, mantendo a estabilidade da doença e evitando progressão ou novas metástases. A ausência de toxicidade significativa e a estabilidade radiológica sustentada sugerem um benefício prolongado do regime terapêutico, apontando para a importância da imunoterapia como estratégia de longo prazo em casos selecionados de neoplasia pulmonar. Estudos adicionais são necessários para compreender melhor os mecanismos envolvidos e identificar subgrupos de pacientes que possam se beneficiar de maneira semelhante.

Palavras Chave

Câncer de Pulmão; Cuidados Paliativos; PESSOA IDOSA