Dados do Trabalho

Título

CUIDADOS PALIATIVOS NA ONCOLOGIA: ANALISE DE UMA COORTE DE UM HOSPITAL PUBLICO DE FORTALEZA

Introdução

O câncer é um problema de saúde pública mundial. Com uma incidência cada vez mais alta, sendo que para 2030, espera-se que ocorram mais de 25 milhões de casos novos (INCA, 2022).
A alta incidência impacta no aumento da mortalidade em todo o mundo. Ter o diagnóstico de câncer pode ser compreendido como uma ameaça ou uma “sentença de morte”, porém é uma patologia crônica que merece paliação.
Cuidados paliativos é a abordagem que promove qualidade de vida ao paciente e seus familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, através de prevenção e alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento impecáveis da dor e de outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual (OMS, 2020).

Objetivo e Método

O presente trabalho tem como objetivo descrever uma coorte dos casos paliados na oncologia de um hospital universitário de Fortaleza. Estudo transversal e documental, realizado entre os meses de abril a agosto de 2024 em um hospital universitário de Fortaleza. A coleta de dados ocorreu durante as visitas de discussão dos casos, nas terças-feiras, com a equipe multiprofissional dos cuidados paliativos.
As informações foram retiradas de uma ficha contendo nome do paciente, idade, admissão no hospital, inclusão nos cuidados paliativos, procedência clínica, leito e diagnóstico. Cabe ressaltar que os desfechos são acompanhados semanalmente pela equipe.

Resultados

Foram atendidos 36 pacientes oncológicos, com média de idade 59,86 anos e tempo de inclusão nos cuidados paliativos de 14 dias. Quanto ao sexo, 18 eram homens e 18 mulheres. Das neoplasias diagnosticadas a mais prevalente foi a gástrica (16), seguidas da hematologia (8). 21 óbitos, 7 altas e 8 casos sem identificação.
Os resultados apontam para uma solicitação de um parecer tardio pela equipe médica aos cuidados paliativos, principalmente quando se trata de uma doença como o câncer.
Sabe-se que quanto mais precoce o início dos cuidados paliativos, melhor a qualidade de vida para o paciente e para família.

Conclusão/Considerações finais

Nesse contexto, infere-se a necessidade da quebra do “tabu” dos cuidados paliativos e do cuidado juntamente com o diagnóstico da doença, visando a integralidade, o conforto e a autonomia do indivíduo na oncologia.

Palavras Chave

Oncologia; Cuidados Paliativos; Equipe Multiprofissional