Dados do Trabalho

Título

ANALISE DO SERVIÇO DE TELEMEDICINA COMO FERRAMENTA ADICIONAL PARA MINIMIZAR O ABSENTEISMO DE PACIENTES DA UNIDADE DE DOR E CUIDADOS PALIATIVOS DE UM HOSPITAL REFERENCIA EM ONCOLOGIA

Introdução

O absenteísmo dos usuários nos serviços de saúde é caracterizado pela ausência dos pacientes às consultas e procedimentos previamente marcados, resultando em impactos negativos na saúde da população, pois prejudica a eficácia e a integralidade do atendimento, além de acarretar custos desnecessários ao sistema e prolongar o tempo de espera por procedimentos (SPEDO et al., 2010; MACHADO et al., 2015). Neste contexto, a telemedicina pode ser utilizada para monitorar remotamente os pacientes e possibilitar uma comunicação em tempo real, especialmente aos pacientes com mobilidade reduzida e independente de sua localização SCHMITZ et al., 2017.

Objetivo e Método

O objetivo do estudo foi analisar o serviço de telemedicina como ferramenta adicional para minimizar o absenteísmo de pacientes oncológicos em acompanhamento em uma unidade de referência nacional em cuidados paliativos.
As teleconsultas foram realizadas pela equipe médica entre julho de 2023 e agosto de 2024. Os dados obtidos foram anotados em prontuário eletrônico do hospital juntamente com os dados de óbitos e as falhas de contato telefônico.

Resultados

Foram realizadas 653 teleconsultas no segundo semestre de 2023 e 1.429 no primeiro semestre de 2024, sendo possível observar uma média de 144 teleconsultas por mês. A inclusão das teleconsultas representaram um crescimento de 50,5% no número de atendimentos no segundo semestre de 2023, representando 24,3% do total de atendimentos. Já no primeiro semestre de 2024, o incremento foi de 131,6%, passando a representar 33,7% do total de atendimentos. A taxa média de contato com os cuidadores dos pacientes que vieram à óbito foi de 4% e a taxa média de falhas de contato telefônico foi de 20%.

Conclusão/Considerações finais

A implementação dos serviços de telemedicina evidenciou uma significativa eficiência no suporte aos pacientes oncológicos em cuidados paliativos, ao reduzir o absenteísmo nas consultas e ampliar a capacidade de atendimentos pela equipe médica. Dessa forma, os serviços de saúde foram otimizados, assegurando tanto a qualidade do acolhimento quanto a continuidade dos cuidados prestados aos pacientes.

Referências

KONANKI, R.; GULATI, S.; PRASAD, K.; et al. Comparison of telephone with face to face consultation for follow up of Neurocysticercosis. Epilepsy research, v. 145, p. 110-115, 2018.

MACHADO, A. T.; WERNECK, M. A. F.; LUCAS, S. D.; et al. Who did not appear? First dental visit absences in secondary care in a major Brazilian city: a cross-sectional study. Ciência & Saúde Coletiva, v. 20, n. 1, p. 289-298, 2015.

SCHMITZ, C. A. A.; GONÇALVES, M. R.; UMPIERRE, R. N. Teleconsulta: nova fronteira da interação entre médicos e pacientes. Revista brasileira de medicina de família e comunidade, v. 12, n. 39, p. 1-7, 2017.

SPEDO, S. M.; PINTO, N. R. S.; TANAKA, O. Y. O difícil acesso a serviços de média complexidade do SUS: o caso da cidade de São Paulo, Brasil. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 20, p. 953-972, 2010.

Palavras Chave

teleconsulta; Cuidados Paliativos; Absenteísmo