Dados do Trabalho
Título
REABILITAÇAO EM CUIDADOS PALIATIVOS NA ATENÇAO DOMICILIAR: SIM, E POSSIVEL
Introdução
Introdução: Pacientes portadores de condições ameaçadoras da vida frequentemente experimentam redução da capacidade funcional e dependência das atividades de vida diária. A incapacidade funcional afeta aspectos importantes da vida, muitas vezes levando à depressão e à sobrecarga do cuidador(1). Nesse contexto, a reabilitação na atenção domiciliar é uma estratégia importante para melhoria da qualidade de vida de pacientes em cuidados paliativos.
Objetivo e Método
Objetivo: Avaliar o impacto das intervenções de reabilitação na funcionalidade de pacientes em cuidados paliativos assistidos por um programa de atenção domiciliar. Método: estudo analítico observacional que utilizou dados da capacidade funcional de pacientes assistidos por um programa de atenção domiciliar, do Município do Rio de Janeiro, entre janeiro e dezembro de 2023. A capacidade funcional dos pacientes foi medida a partir da Escala de Barthel, escala que avalia as atividades básicas de vida diária, na entrada e na saída (alta do programa ou ao fim do estudo).
Resultados
Resultados: Dos 1379 pacientes em cuidados paliativos atendidos pelo programa entre janeiro e dezembro de 2023, foram incluídos no estudo 777 (56,4%) pacientes, com média de idade de 72,4 anos. Foram excluídos os pacientes que evoluíram para óbito domiciliar (150; 10,9%), reinternações (358; 25,96%), altas administrativas (87; 6,3%) e os pacientes com dados incompletos (7; 0,5%). O tempo médio de acompanhamento dos pacientes incluídos no estudo foi de 207,12 dias. A média da escala de Barthel de entrada no programa de pacientes em cuidados paliativos foi de 29,0 (DP 25,2, IC 95% 27,2-30,8) e mediana de 25. A média da escala de Barthel de saída foi de 41,2 (DP 33,6; IC 95% 38,9-43,6) e mediana 35. Dos pacientes avaliados, 423 (54,44%) experimentaram ganho de funcionalidade pela escala de Barthel, 230 (29,60%) mantiveram a funcionalidade; e 124 (15,96%), apresentaram perda funcional. A média de diferença da escala de Barthel foi de 12,2 (DP 22,1; IC 95% 10,7-13,8; p<0,001). Entre aqueles que obtiveram ganho de funcionalidade (423), a média de ganho foi de 26,5 pontos na escala de Barthel (DP 19,3; IC 95% 24,7-28,4).
Conclusão/Considerações finais
Conclusão: A reabilitação é uma estratégia viável para combater o declínio funcional em pacientes em cuidados paliativos assistidos pela atenção domiciliar.
Referências
1) Montagnini, M; Javier, NM; Mitchinson, A. The Role of Rehabilitation in Patients Receiving Hospice and Palliative Care. Rehabilitation Oncology 38(1):p 9-21, 2020.
Palavras Chave
Atenção Domiciliar; reabilitação paliativa
Área
Modalidades de atendimento
Instituições
Programa de Atenção Domiciliar ao Idoso - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
LÍVIA PEREIRA COELHO, GERMANA PERISSÉ, MONIQUE TEODORO VENTURA, JACQUELINE FERREIRA GOMES, GIRLANA LOPES MARANO