Dados do Trabalho

Título

PORTARIA N⁰ 3.681 E A TELESSAUDE COMO METODO DE PROMOÇAO DA INTERIORIZAÇAO DOS CUIDADOS PALIATIVOS NO BRASIL: UMA REVISAO INTEGRATIVA

Introdução

A Organização Mundial da Saúde reconhece os Cuidados Paliativos (CP) como um direito humano fundamental, mas no Brasil esses serviços são escassos e desiguais, com apenas 1 serviço para cada 1,6 milhão de habitantes, bem abaixo das recomendações internacionais de 2 serviços para cada 100 mil habitantes (Accorsi, 2024). A Portaria Nº 3.681 orienta a regionalização e continuidade dos CP no país. Nesse contexto, a Telessaúde surge como uma solução eficaz para ampliar o acesso e otimizar recursos, promovendo maior equidade nesses serviços (Chua et al., 2019).

Objetivo e Método

O estudo visa investigar e avaliar o potencial da telessaúde para promover a interiorização e ampliar o acesso a essa prática no Brasil. Foi realizada uma revisão integrativa usando a estratégia PICO para formular a questão-guia. A pesquisa nas bases PubMed e BVS identificou 334 artigos. Após aplicar critérios de inclusão e exclusão, 111 artigos foram selecionados inicialmente, 25 lidos na íntegra, e 8 foram incluídos na análise final.

Resultados

Os resultados indicam que a telessaúde foi essencial durante a pandemia de COVID-19, proporcionando benefícios aplicáveis também aos cuidados paliativos. A ferramenta permitiu que pacientes recebessem assistência e orientação médica sem se deslocar, gerenciarem suas condições e acessassem educação em saúde fora do horário convencional, beneficiando especialmente áreas com poucos recursos. Contudo, questões técnicas afetaram a qualidade do serviço, e alguns pacientes sentiram um enfraquecimento no elo com os profissionais de saúde.

Conclusão/Considerações finais

Portanto, a revisão constata que a telessaúde têm trazido benefícios no contexto de CP. A Portaria Nº 3.681 reconhece a telessaúde como uma solução para expandir a assistência paliativista em todo o Brasil e apoiar profissionais em regiões sem serviços de cuidados paliativos. No entanto, foi evidenciado também que são necessários novos estudos para desenvolver estratégias que superem as limitações atuais e melhorem a eficácia dessa abordagem.

Referências

ACCORSI, P. Atlas dos Cuidados Paliativos 2023, o que mudou? - Instituto Paliar. Disponível em: . Acesso em: 25 ago. 2024.
CHUA, I. S. et al. Early Integrated Telehealth versus In-Person Palliative Care for Patients with Advanced Lung Cancer: A Study Protocol. Journal of Palliative Medicine, v. 22, n. S1, p. S-7-S-19, 1 set. 2019.

Palavras Chave

Telessaúde; Interiorização; Cuidados Paliativos