X Congresso Brasileiro de Cuidados Paliativos

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇAO DO PERFIL FARMACOTERAPEUTICO DE PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITARIO NO CEARA

Introdução

Introdução: De acordo com a Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP), os cuidados paliativos (CP) são definidos como um conjunto de ações e serviços de saúde para alívio da dor, do sofrimento e de outros sintomas em pessoas que enfrentam doenças ou outras condições de saúde que ameaçam ou limitam a continuidade da vida. Assim, pode-se afirmar que existem demandas dos CP em diversos setores hospitalares, destacando-se a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Objetivo e Método

Objetivo: Avaliar o perfil farmacoterapêutico de pacientes em fase final de vida em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um Hospital Universitário do Estado do Ceará.

Método: Trata-se de um trabalho transversal e retrospectivo realizado em uma unidade de serviços especializada em Cuidados Paliativos, no período de Janeiro a Maio de 2024. A amostra foi constituída de 12 pacientes em fase final de vida acompanhados pelo serviço de Cuidados Paliativos internados na UTI. As variáveis pesquisadas foram: sexo, idade, Escala de Desempenho em Cuidados Paliativos (PPS) e classes de medicamentos prescritos. Foram avaliadas as prescrições de 1 (um) dia de internação.

Resultados

Resultados: Dos 12 pacientes, 7 (58,3%) eram do sexo feminino, enquanto 5 (41,7%) eram do sexo masculino. Baseando-se na escala de PPS, todos os pacientes apresentavam PPS de 10%. Foram identificados principais classes de medicamentos, entre eles: analgésicos (fentanil, dipirona, morfina e metadona), lubrificantes oculares (hipromelose+dextrana), sedativos (midazolam, propofol e diazepam), anticonvulsivantes (topiramato, valproato de sódio, fenitoína e fenobarbital), broncodilatadores (salbutamol, formoterol e beclometasona) e antidiarreicos (loperamida). As duas classes de medicamentos mais prescritas foram a de analgésicos (91,6%; N=11) e lubrificantes oculares (91,6%; N=11), seguida de sedativos (75%; N=9), broncodilatadores (41,6%; N=5) e inibidores de bomba de prótons (41,6%; N=5).

Conclusão/Considerações finais

Conclusão: Pode-se concluir que as classes de medicamentos anteriormente citadas revelam os principais sintomas que os pacientes em fim de vida enfrentam, entre eles: dor, broncoespasmos, delirium, dispneia, constipação, diarreia, entre outros. Logo, conhecer o perfil farmacoterapêutico predominante dos pacientes em cuidados paliativos em fase final de vida permite o aperfeiçoamento da equipe multiprofissional no manejo desses sintomas, acarretando melhor controle de sintomas e melhora da qualidade de vida dos pacientes.

Referências

Moritz RD, Lago PM, Souza RP, Silva NB, Meneses FA,Othero JCB et al. Terminalidade e cuidados paliativos na unidade de terapia intensiva. Rev Bras Ter Intensiva. 2008; 20(4): 422-428. DOI: 10.1590/S0103-507X2008000400016.

Coelho CB, Yankaskas JR. Novos conceitos em cuidados paliativos na unidade de terapia intensiva. Rev Bras Ter Intensiva. 2017;29(2):222-230. DOI: 10.5935/0103-507X.20170031.

Palavras Chave

Unidade de Terapia Intensiva; Cuidados Paliativos; Gerenciamento de sintomas

Área

Controle de sintomas e qualidade de vida

Autores

MARIA GABRIELLE OLIVEIRA E SILVA LINHARES, JULIO CESAR CASTRO SILVA, LIVIA DE OLIVEIRA ALBUQUERQUE, JOSE MARTINS DE ALCANTARA NETO, CINARA FRANCO DE SÁ NASCIMENTO ABREU, MARIA VANESSA TOMÉ BANDEIRA DE SOUSA