Dados do Trabalho

Título

A IMPORTANCIA DA INSERÇAO DO/A PSICOLOGO/A EM AMBULATORIO INTERPROFISSIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS: AMPLIANDO OS CAMINHOS DO CUIDADO

Introdução

Os cuidados paliativos e a interprofissionalidade são construídos na multidimensionalidade da dor (física, psíquica, social e espiritual). Assim, faz-se necessária uma modalidade de atendimento que comporte os múltiplos sofrimentos apresentados.

Objetivo e Método

O objetivo deste trabalho é refletir sobre a inserção do/a psicólogo/a a partir de experiência profissional em instituição de referência em cuidados paliativos do Nordeste brasileiro. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório, construído a partir de relato de experiência de atendimentos ambulatoriais com equipe interprofissional.

Resultados

Conforme os fenômenos da hospitalização foram emergindo e o sujeito foi sendo compreendido em sua totalidade na saúde, o manejo profissional do/a psicólogo/a também teve que ser adaptado, trazendo a perspectiva da psicologia breve e momentânea ao encontro com o paciente e sua família. Com a inserção de serviços de cuidados paliativos nessas instituições, equipes foram sendo criadas para realizar um atendimento integrado, por vezes descentralizado, isto é, multiprofissional. A experiência aqui relatada versa sobre um ambulatório em que as consultas são realizadas com profissionais de múltiplas áreas de forma síncrona, sendo possível exercer a interprofissionalidade durante o próprio ato de atender, buscando dar conta do fenômeno que se apresenta em sua totalidade no encontro paciente-equipe. A inserção da psicologia nesses atendimentos foi essencial, pois foi possível utilizar do discurso e condutas dos outros profissionais, como médico e fisioterapeuta, como forma de intervenção psicoterapêutica, além de auxiliar na fluidez e compreensão da comunicação equipe-paciente, tecendo as intervenções emergidas em atendimento. Ademais, a escuta qualificada do/a psicólogo/a pôde criar um fluxo para seleção de casos com maior nível de sofrimento psíquico para acompanhamento psicológico individualizado após esse momento com a equipe, ampliando a linha de cuidados ao longo da trajetória de vida e do adoecer do paciente e de sua família.

Conclusão/Considerações finais

A omissão do profissional da psicologia desse local poderia resultar em uma obstinação (psico)terapêutica, uma vez que a dor não estaria sendo compreendida em sua totalidade e o sofrimento, negligenciado.

Referências

ACETI, D.; TEIXEIRA, H. A.; BRAZ, M. S. Recomendações de competências, habilidades e atitudes do psicólogo paliativista [livro eletrônico]: Comitê de Psicologia em Cuidados Paliativos. 1ª ed. São Paulo: Academia Nacional de Cuidados Paliativos, 2022.

Palavras Chave

Cuidados Paliativos; Serviço Hospitalar de Psicologia; Prática interprofissional