Dados do Trabalho
Título
A (NAO) EXPANSAO DOS CUIDADOS PALIATIVOS NO HOSPITAL GERAL: DESAFIOS, POSSIBILIDADES E LIMITAÇOES NO MANEJO COM EQUIPES DE SAUDE
Introdução
Compreende-se que os cuidados paliativos promovem qualidade de vida para pacientes e cuidadores em adoecimento com risco vital, podendo ser inseridos em setor hospitalar específico ou ser utilizado como lente de intervenção profissional em todo o hospital.
Objetivo e Método
Este trabalho objetiva refletir, a partir de relato de experiência, sobre a (não) expansão dos cuidados paliativos como lente transversal na prática profissional de diversos setores de um hospital geral. Tomou-se como base as vivências e atuação de um psicólogo em múltiplas equipes situadas em setores da instituição, podendo entrar em contato com a forma com que a elaboração dos cuidados em saúde era realizada na presença ou ausência da perspectiva paliativista.
Resultados
Os cenários de oncologia e de nefrologia foram considerados para esta análise, ambos com público adulto. A partir da prática profissional, notou-se uma diferença nos níveis de conhecimento acerca do conceito dos cuidados paliativos, muita das vezes sendo remetido a definições desatualizadas/datadas, limitando a inserção de condutas paliativas desde o início do diagnóstico, até intervenções psicológicas durante os atendimentos. A articulação com equipe também foi um dos desafios encontrados: pelo cuidado ser tomado e cultivado a nível multiprofissional, notou-se o não empenho na busca por práticas interprofissionais, com difícil acesso e articulação do planejamento terapêutico, durante o internamento, com algumas profissões. O passeio terapêutico com o paciente pode ser um exemplo: pela falta de abertura para articulação interprofissional, houve dificuldade de acesso a outros profissionais, mesmo sendo realizada diversas tentativas de contato, não sendo possível garantir a prática plena e segura do passeio, como restrições de oxigênio e de motricidade, inviabilizando a realização da atividade. Já nos cenários com abertura para o novo, a psicologia foi ponto-chave para desenvolver atividades teóricas e práticas que promoveram uma atualização dos sentidos acerca das condutas paliativas, assim como inserir esses cuidados nas condutas de outros profissionais.
Conclusão/Considerações finais
Conclui-se, portanto, que a abertura para uma nova perspectiva paliativista foi ponto-chave para promover ou reprimir a expansão das terapêuticas de cuidados em saúde com o paciente e sua família.
Referências
CASTILHO, R.K.; SILVA, V. C. S.; PINTO, C.S. Manual de Cuidados Paliativos da Academia Nacional de Cuidados Paliativos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu; 2021.
Palavras Chave
Cuidados Paliativos; Serviço Hospitalar de Psicologia; Atitudes e Prática em Saúde
Área
Outras áreas
Instituições
Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira - Pernambuco - Brasil
Autores
LUIZ HENRIQUE COELHO SIQUEIRA TEIXEIRA, MARIA EDUARDA CHAVES MENDONÇA GALVÃO, JOSENE FERREIRA BATISTA, MARA DAIANA PAIXÃO ALENCAR