Dados do Trabalho

Título

USO DA LIDOCAINA TOPICA PARA ANALGESIA EM LESAO ONCOLOGICA ASSOCIADA A CARCINOMA EPIDERMOIDE CUTANEO (CEC) DE PAROTIDA IRRESSECAVEL: RELATO DE CASO

Apresentação do caso

L.L.N.S., sexo feminino, 75 anos, portadora de carcinoma epidermoide cutâneo (CEC) de parótida esquerda irressecável, com metástase linfonodal, PPS 50%, acompanhada pelo ambulatório de Cuidados de Paliativos de um Hospital Filantrópico durante 10 meses. Recebeu 10 sessões de tratamento de radioterápico, com melhora de sangramento local, mas persistiu com dor e piora progressiva da lesão neoplásica. O principal sintoma descontrolado era dor intensa em tumor ulcerado grau III em região cervical medindo cerca de 09cm, sendo otimizadas medidas antálgicas via oral. Evoluiu com refratariedade à analgesia via oral, com persistência de dor durante trocas de curativo. Alternativamente, foi associada lidocaína 2% tópica nas trocas diárias de curativo. Paciente referiu melhora importante da dor local e melhor conforto durante e após troca de curativo.

Discussão

Medicamentos via oral, sobretudo opioides, são o pilar da analgesia em pacientes oncológicos devido à sua eficácia, segurança e via de administração. Porém, além de possuir efeitos adversos relacionados, por vezes torna-se necessária associação de medidas locais para otimização de analgesia. Diante disso, o uso da lidocaína tópica é descrito na literatura e pode ser considerado uma alternativa associada à analgesia via oral, em casos selecionados, como na dor associada à lesão tumoral.

Considerações finais

A analgesia bem sucedida em pacientes oncológicos consiste em controle de dor otimizado e o mínimo de efeito colateral. Dessa forma, o uso tópico de medicamentos, como a lidocaína, em lesões tumorais dolorosas deve ser estudado e difundido nos Cuidados Paliativos, para proporcionar conforto.

Palavras Chave

Dor; Lidocaína; Neoplasias