Dados do Trabalho

Título

INDICADORES DA ASSISTENCIA AMBULATORIAL EM CUIDADOS PALIATIVOS DE UM HOSPITAL GERAL DO SISTEMA UNICO DE SAUDE.

Introdução

A assistência ambulatorial em cuidados paliativos é uma das etapas de transição de cuidados que possui um estreito vínculo com as demais modalidades de atendimento. Destaca-se nessa abordagem a avaliação do controle de sintomas, abordagem psicossocial, espiritual, a construção das diretivas antecipadas de vontade e do plano avançado de cuidados. Com a finalidade de alinhar os objetivos de gestão e planejamento de cuidados desses pacientes, se faz necessário conhecer as maiores demandas na assistência ambulatorial.

Objetivo e Método

Descrever os indicadores de um serviço multidisciplinar ambulatorial em cuidados paliativos durante o período de seis meses no ano de 2024. Foi realizado um estudo transversal, observacional e retrospectivo através da análise de dados coletados por meio da planilha da plataforma Google forms. Os dados são referentes aos pacientes atendidos em um hospital geral durante um período de fevereiro a julho de 2024. Foram avaliadas as variáveis sociodemográficas como faixa etária, sexo e procedência. Na avaliação clínica foram usadas, funcionalidade na admissão e dimensões de sofrimento.A funcionalidade foi avaliada na primeira consulta através da escala PPS (Paliative Performace Scale). As dimensões de sofrimento foram triadas por meio da Escala de Sintomas de Edmonton (ESAS).

Resultados

Foram identificados um total de 291 pacientes atendidos no período. A faixa etária predominante é a de 50 a 59 anos (25%), mais de 60 anos (54%) e de 20 a 49 anos (20%). A maioria dos pacientes atendidos é do sexo feminino (61%). Os residentes na capital somam um total de 188 pacientes (64%), região metropolitana (10%) e interior (26%). Os mais frequentes serviços que encaminharam foram oncologia 21%, neurologia 5% e clínica médica 5%. A avaliação de funcionalidade mostra que 30% dos pacientes tiveram um PPS de 20 a 40%, e 70% obtiveram PPS maior ou igual a 50%. O sofrimento físico foi predominante (46%), seguido do psicológico (29%).

Conclusão/Considerações finais

O estudo indicou que a maioria dos pacientes é originária do serviço de oncologia, com alta taxa de comprometimento funcional inicial e sofrimento físico significativo. Estes resultados reforçam a necessidade de pulverizar a educação continuada para outras especialidades médicas sobre cuidados paliativos e encaminhamento precoce para pacientes com perfil nessa modalidade de atendimento.

Referências

CRISPIM, Douglas Henrique et al. Organização e gerenciamento de serviços de cuidados paliativos. In: Manual da residência de cuidados paliativos: abordagem multidisciplinar [2. ed.]. Manole, 2022.

Palavras Chave

Cuidados Paliativos; Assistência Ambulatorial; Indicadores de Qualidade