Dados do Trabalho

Título

CURCUMA (CÚRCUMA) PARA A PREVENÇÃO DA SÍNDROME MÃO-PÉ INDUZIDA POR CAPECITABINA: UM ESTUDO PILOTO

Introdução

A Síndrome Mão-Pé (SMP) é comum e ocorre frequentemente no primeiro ciclo de tratamento em
aproximadamente 40 a 50% dos pacientes que recebem capecitabina. A cúrcuma (Curcuma longa) é uma
planta usada pela medicina ayurvédica com atividade clínica em várias condições inflamatórias.

Objetivo e Método

Nosso objetivo foi avaliar se a cúrcuma era ativa para a prevenção da SMP induzida por capecitabina. Incluímos pacientes com mais de 18 anos de idade sem exposição prévia à capecitabina em cenário paliativo que estavam programados para receber este medicamento. Antes de iniciar o tratamento, após três semanas e ao final de seis semanas, avaliamos a toxicidade dermatológica, conduzimos questionários de qualidade de vida (EORTC-QLQC30 e DLQI) e coletamos biomarcadores inflamatórios séricos(IL-6, TNF-α, PCR e albumina). Administramos cúrcuma na dose de 4 g/dia (2 pílulas com intervalo de 12 horas) começando no início do tratamento com capecitabina e durando seis semanas.

Resultados

Incluímos 40 pacientes cuja idade média era de 62 anos. A maioria era do sexo feminino (80%), 52% tinham
câncer de mama metastático e 47,5% tinham tumores gastrointestinais metastáticos. Após o primeiro ciclo de tratamento com capecitabina, observamos que um total de 11 de 40 pacientes desenvolveram HFS (27,5%; IC de 95%: 15 – 42%), enquanto quatro pacientes desenvolveram HFS igual ou superior ao grau 2 (10%; IC de 95%: 3,3 – 23%). Não encontramos nenhuma correlação entre os marcadores inflamatórios acima mencionados testados com HFS. Em relação aos questionários, observamos que houve melhora dos sintomas.

Conclusão/Considerações finais

Mostramos que a cúrcuma pode ser combinada com capecitabina e parece produzir uma taxa menor de
HFS, especialmente grau 2 ou superior. Essas descobertas precisam ser reproduzidas em estudos controlados maiores.

Palavras Chave

Câncer de mama; cúrcuma; síndrome mão e pé