X Congresso Brasileiro de Cuidados Paliativos

Dados do Trabalho


Título

ANALISE COMPARATIVA DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES ONCOLOGICOS EM ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL E PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA ONCOLOGICA NO CEARA

Introdução

A mensuração da qualidade de vida, considerando as várias dimensões, torna-se importante e fundamental, assim como o conhecimento de fatores sociodemográficos e clínicos que mais interferem na manutenção da qualidade de vida. O foco dos cuidados paliativos no decurso de uma doença incurável é priorizar o controle de sintomas, ofertar suporte psicológico (seja ao paciente ou aos seus familiares), auxiliar nas tomadas de decisões e melhorar a qualidade de vida.

Objetivo e Método

Comparar a qualidade de vida de pacientes oncológicos em acompanhamento ambulatorial e pacientes internados em um hospital de referência oncológica no Ceará. Foram entrevistados 100 pacientes que foram atendidos nas enfermarias ou ambulatório de dor e cuidados paliativos do referido hospital, onde foram utilizados para avaliar qualidade de vida dos pacientes os questionários: European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality-of-Life Questionnaire Core 30 (EORTC QLQ C30) e 15D. Foram coletados dados sociodemográficos além do Palliative Performance Scale (PPS), para avaliar funcionalidade e prognóstico.

Resultados

67% eram provenientes da região metropolitana de Fortaleza/CE, onde 62% eram do sexo feminino. Câncer mais prevalente foi de mama (32%), seguido do câncer de próstata (18%). Não houve significância estatística em ambos os questionários, apesar do paciente ambulatorial ter uma qualidade de saúde global menor, no EORTC QLQ C30. Os pacientes ambulatoriais têm melhor desempenho funcional se comparado aos pacientes internados, porém em relação as funções sociais, os pacientes internados têm melhor qualidade de vida. Os sintomas fadiga, dor e insônia são os mais intensos, com significância estatística, nos pacientes ambulatoriais em relação aos internados. Em relação ao questionário 15D, a função mental ficou mais prejudicada no paciente internado e "desconfortos e sintomas", mais intenso nos pacientes ambulatoriais, ambas com significância estatística. São escassos na literatura, trabalhos que façam a correlação da qualidade de vida dos pacientes internados e ambulatoriais portadores de doença oncológica.

Conclusão/Considerações finais

Os sintomas fadiga, dor e insônia são os mais intensos, com significância estatística, nos pacientes ambulatoriais em relação aos internados, no questionário EORTC QLQ C30, bem como "desconfortos e sintomas", mais intenso nos pacientes ambulatoriais, com significância estatística, no questionário 15D.

Referências

HINZ A, WEIS J, FALLER H, et al. Quality of life in cancer patients-a comparison of inpatient, outpatient, and rehabilitation settings. Support Care Cancer. 2018 Oct;26(10):3533-3541. PMID: 29700655.

FERRIS FD, BRUERA E, CHERNY N, et al. Palliative cancer care a decade later: accomplishments, the need, next steps from the American Society of Clinical Oncology. J Clin Oncol. 2009; 27:3052-8.

LEVY MH, BACK A, BENEDETTI C, et al. NCCN clinical practice guidelines in oncology: palliative care. J Natl Compr Canc Netw. 2009; 7:436-73.

Palavras Chave

Qualidade de Vida; Indicadores de Qualidade; Cuidados Paliativos

Área

Controle de sintomas e qualidade de vida

Autores

RONEI CORREA OLIVEIRA, HERMANO ALEXANDRE LIMA ROCHA, FERNANDA GOMES LOPES, LUCAS DE SOUZA ALBUQUERQUE, MARCO TULIO AGUIAR MOURAO RIBEIRO