Dados do Trabalho
Título
CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAUDE FRENTE AS DIRETIVAS ANTECIPADAS DE VONTADE: SUBSIDIOS PARA PROMOÇAO DA SEGURANÇA DOS PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS
Introdução
O envelhecimento populacional global impulsiona a necessidade de discussões sobre cuidados de pessoas que vivenciam doenças ameaçadoras da vida e que comprometem a autonomia do paciente. As Diretivas Antecipadas de Vontade (DAVs) surgem como um instrumento fundamental para garantir que os desejos dos indivíduos sejam respeitados, mesmo quando não podem mais expressá-los. Em 2024, a Organização das Nações Unidas (ONU) apontou o crescimento do envelhecimento populacional mundial, destacando que entre 2024 a 2054 a população de 65 anos ou mais dobrará.
Objetivo e Método
Promover o conhecimento sobre Diretivas Antecipadas de Vontade (DAVs) tornando-os de compreensão dos profissionais de saúde a fim de que se certifiquem os direitos dos pacientes. Trata-se de uma revisão integrativa, e utilizou as bases de dados: BVS e SciELO, utilizando os descritores "pessoal de saúde" and "conhecimento" and "diretivas antecipadas", após isso foram os critérios de inclusão e exclusão, sendo selecionados 05 artigos para discussão.
Resultados
Foi investigado o conhecimento e a prática dos profissionais de saúde em relação às DAVs, o que indicaram que, embora haja um crescente reconhecimento da importância deste documento, ainda há lacunas significativas no conhecimento e na implementação dessas diretrizes. Sinalizando a falta de uma legislação específica no Brasil e a ausência de protocolos claros nos serviços de saúde são barreiras para a efetiva utilização das DAVs. Deste modo, os profissionais de saúde acabam enfrentando desafios bioéticos sobre a superação de crenças e atitudes paternalistas, e a construção de um diálogo aberto com os pacientes e seus familiares sobre temas delicados como a morte e a terminalidade necessitando de educação continuada diante a temática.
Conclusão/Considerações finais
Embora a implementação das DAVs enfrente desafios, seus benefícios são inegáveis, como a melhoria na qualidade de vida dos pacientes, a redução de tensões familiares e a promoção da autonomia individual. Para que esses resultados se concretizem, é fundamental que os profissionais de saúde assumam um papel proativo, buscando capacitação contínua e atuando como mediadores para assegurar que os desejos expressos pelos pacientes sejam plenamente respeitados. Ao fazer isso, contribuem para um processo de fim de vida mais humanizado e digno, onde as escolhas individuais são priorizadas e os cuidados se tornam mais compassivos e alinhados aos valores pessoais de cada paciente.
Referências
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CHAVES, J. H. B. et al.. Cuidados paliativos: conhecimento de pacientes oncológicos e seus cuidadores. Revista Bioética, v. 29, n. 3, p. 519–529, jul. 2021.
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Palavras Chave
Pessoal de Saúde; conhecimento; Diretivas Antecipadas de vontade
Área
Outras áreas
Autores
RAFAEL BARROSO GASPAR, BRUNO FERNANDO DA SILVA REIS, VITÓRIA LUZIA ANTUNES GROTHE, ALINE APARECIDA RODRIGUES