Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE DOS NÚMEROS DE INTERNAÇÕES E ÓBITOS EM MENORES DE 1 ANO COM MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS NO BRASIL: UM ESTUDO RETROSPECTIVO (2019-2024)

Introdução

INTRODUÇÃO: Malformações congênitas são causas globais importantes de morbidade e mortalidade infantil. Essas condições, presentes desde antes do nascimento, afetam diversos órgãos e sistemas do corpo humano, e a cura muitas vezes não é possível. Os cuidados paliativos são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias, aliviando o sofrimento físico e psíquico-emocional, independente do prognóstico.

Objetivo e Método

OBJETIVOS: Analisar a morbi-mortalidade das malformações congênitas em menores de 1 ano no Brasil nos últimos 5 anos.
METODOLOGIA: Este estudo ecológico descritivo e quantitativo utilizou dados do Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/SUS) - DATASUS. Foram incluídos todos os internamentos e óbitos de pacientes menores de 1 ano, que apresentavam alterações nos sistemas cardiovascular, nervoso, digestivo, geniturinário e osteomuscular e foram notificados entre janeiro de 2019 e janeiro de 2024, com distinção de região do país. A tabulação dos dados foi realizada no Microsoft Excel.

Resultados

RESULTADOS: No período estudado, foram registradas 88.296 internações em menores de 1 ano pelas malformações congênitas pesquisadas. O Sudeste liderou o número de casos internados com 42,65% (37.665) e o menor número foi no Centro-Oeste com 7,96% (7.036). Foram registrados 6.882 óbitos, sem dados se eram pacientes que já vinham internados ou não. O maior número de óbitos foi no Sudeste, 36,74% (2529) e o menor no Centro-Oeste, 8,15% (561). As malformações do aparelho cardiovascular foram as mais comuns 51,76% (45.059), e as mais letais, 61,88% (4.297), enquanto as do aparelho geniturinário tiveram o menor número de internações 6,04% (5.334), e a menor letalidade 3,09% (213).

Conclusão/Considerações finais

CONCLUSÃO: Este estudo destaca a relevância das malformações congênitas na pediatria. Sabe-se que a vigilância desde o pré-natal é de suma importância para condutas diagnósticas e terapêuticas. Muitos casos acabam sendo drenados para grandes centros, principalmente no Sudeste, o que pode justificar mais internações e, diante da gravidade, mais óbitos na região. O sistema cardiovascular lidera o número de casos, e de óbitos, não somente mais óbitos por ser o mais prevalente, mas também por ser sistema nobre com repercussão significativa em outros. Ao percebermos o quantitativo de malformações em nascidos vivos, e lembrarmos o quanto podem limitar a vida, a importância de se planejar o paliativismo a curto, médio e longo prazo se torna notória.

Referências

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Salim, Thais Rocha et al. IDH, Recursos Tecnológicos e Humanos para Diagnóstico e Tratamento das Malformações do Aparelho Circulatório no Brasil. Arquivos Brasileiros de Cardiologia [online]. 2021, v. 117, n. 1 [Acessado 15 Setembro 2024], pp. 63-71.

Moura, Bárbara Laisa Alves et al. Fatores associados à internação e à mortalidade neonatal em uma coorte de recém-nascidos do Sistema Único de Saúde, no município de São Paulo. Revista Brasileira de Epidemiologia [online]. 2020, v. 23 [Acessado 15 Setembro 2024], e200088.

Shaw KL, Spry J, Cummins C, Ewer AK, Kilby MD, Mancini A. Advance care planning in perinatal settings: national survey of implementation using Normalisation Process Theory. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2024 Feb 19;109(2):135-142. doi: 10.1136/archdischild-2023-325649. PMID: 37709497.

Palavras Chave

MALFORMAÇÕES; INTERNAÇÕES; ÓBITOS