Dados do Trabalho
Título
A IMPORTANCIA DA CONFERENCIA FAMILIAR NO PLANO DE CUIDADO DOS PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS
Apresentação do caso
Avaliado 32 pacientes admitidos em um serviço de cuidado paliativo nos meses de julho e agosto de 2024 em um Hospital em Campo Grande Mato Grosso do Sul. Para o atendimento um médico solicita parecer para o serviço. Então o médico paliativista junto com equipe multidisciplinar irão atender o caso o mais breve possível. Após avaliação a beira leito, conhece-se minimamente o paciente e sua estrutura familiar, e faz-se análise dos sintomas a serem aliviados. Mesmo em casos em que o paciente tem autonomia, logo se propõe uma reunião familiar com os principais responsáveis ou cuidadores. Na reunião busca-se conhecer a história de vida do paciente com a funcionalidade antes da internação, bem como conhecer valores de vida. Se possível, logo realiza-se um planejamento de cuidado a curto e longo prazo, inclusive com definição quanto ao uso de suporte avançado de vida. Por vezes, novas reuniões são programadas, e este acompanhamento segue até o desfecho hospitalar.
Discussão
Admitidos 14 pacientes em julho e 18 em agosto, com média de idade 74 anos. A primeira avaliação do paciente correu em no máximo 17h após a solicitação. Em análise 18 evoluíram a óbito, e 14 pacientes receberam alta hospitalar. Sobre as diretivas de vontade do paciente, a maioria já não se objetivava a cura ou prolongamento da vida, e sim um cuidado centrado controle de sintomas, humanizado e singular ao paciente, incluindo não indicação de Suporte avançado de Vida A conferência familiar é vista pela equipe de Cuidado Paliativo como momento fundamental de alinhamento de expectativas e planejamento no cuidado ao paciente, mesmo diante de pacientes com autonomia.
Considerações finais
Observado que os 18 pacientes, que evoluíram a óbito tiverem uma morte natural, humanizada, com controle de sintomas e próximo dos familiares, com diretivas de não Suporte Avançado de Vida, fator este de grande relevância pois considera-se os pacientes que evoluíram a óbito, conforme a análise dos dados em 9 dias, poderiam ter sido submetidos a obstinação terapêutica sem a atuação da equipe de Cuidados Paliativos.14 pacientes que receberam alta, seguem referenciados e vinculados ao serviço de cuidado paliativo e com um alinhamento do melhor plano de cuidado para novas e futuras intercorrências.
Silva, Rudval Souza. Conferência familiar em cuidados paliativos: análise e conceito.Scielo,Revista Brasileira de Enfermagem. Senhor do Bonfim-Bahia, jan.-fev. 2018.
Palavras Chave
Conferência Familiar; obstinação; Diretivas Antecipadas de vontade
Área
Controle de sintomas e qualidade de vida
Instituições
Hospital Unimed Campo Grande - Mato Grosso do Sul - Brasil
Autores
KELLY MARTINS DA SILVA, CAMILA DA COSTA NATERA, PRISCILA TAKAHASHI, SILVANA MENDONÇA DEMEIS, SELMA LUCIA DA COSTA XAVIER, MARCELA RAMONE DO NASCIMENTO