Dados do Trabalho
Título
VISITA DE CRIANÇAS AO HOSPITAL: EXPERIENCIA DA PSICOLOGIA COMO MEDIADORA NOS CUIDADOS PALIATIVOS
Apresentação do caso
A Política Nacional de Humanização objetiva, partindo dos princípios do Sistema Único de Saúde, promover um cuidado integral, singular e acolhedor nos serviços de saúde. Esse cuidado, para além da equipe multiprofissional, deve englobar uma tríade, abrangendo, o paciente e a família. Nesse sentido, o presente trabalho relata como a atenção da psicologia em uma equipe de cuidados paliativos, visando a promoção à saúde, pode atuar como mediadora das visitas de crianças a esses pacientes como um recurso para mitigar os efeitos da hospitalização e do adoecimento.
Discussão
O Estatuto da Criança e do Adolescente considera como crianças os indivíduos com até doze anos incompletos. Em muitos hospitais a visita só é permitida/recomendada após essa idade. Compreendendo a importância da participação da rede de apoio e que a criança é um sujeito ativo no processo de cuidado, uma Unidade de Alta Complexidade em Oncologia poderá, a partir da figura do profissional de psicologia, ser um instrumento de promoção desse encontro. Metodologicamente, as visitas são estruturadas em 3 momentos: a) avaliação pré-visita, em que é realizada a preparação do espaço, o diálogo com a equipe para fornecimento de informações do quadro clínico do paciente, a ponderação dos desejos, anseios e expectativas do paciente e da criança (considerando aspectos do seu desenvolvimento), a avaliação das compreensões acerca do adoecimento, a comunicação com a família para compreensão das dinâmicas sócio-familiares e a construção do vínculo psicólogo-criança; b) acompanhamento da visita e c) avaliação pós-visita, observando e intervindo a partir das repercussões e reações emocionais após o encontro. Para que ocorram, as visitas envolvem, imprescindivelmente, uma articulação entre a equipe, o paciente, a família e a criança.
Considerações finais
A rede sócio-familiar é fundamental para os pacientes em cuidados paliativos. Caso exista o desejo de todos os atores envolvidos nesse processo de cuidado, as visitas de criança no contexto hospitalar são uma possibilidade de recurso de enfrentamento diante da terminalidade. A figura da psicologia, assim, desponta propiciando humanização, uma simbolização das experiências de adoecimento e mediando este encontro.
Referências Bibliográficas:
BORGES, Katya Masae Kitajima; GENARO, Larissa Teodora; MONTEIRO, Mayla Cosmo. Visita de crianças em unidade de terapia intensiva. Rev. bras. ter. intensiva, São Paulo, v. 22, n. 3, p. 300-304, 2010.
Palavras Chave
visita infantil; Psicologia hospitalar; Cuidados Paliativos
Área
Outras áreas
Instituições
Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes - Ceará - Brasil
Autores
YASMIN ALENCAR GUERREIRO, DARLA MOREIRA CARNEIRO LEITE